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Vendas de apartamentos com padrões standard e médio se destacaram em abril

A crise econômica que dominou o País a partir da segunda quinzena de março está mostrando o tamanho do seu impacto com a divulgação dos mais diversos indicadores. Dados recentes mostram a forte retração do mercado de trabalho, da produção da indústria, o recuo do comércio, dos serviços, etc. Os resultados têm levado a sistemáticas revisões (para baixo) das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

Mesmo diante de um cenário econômico de incertezas, por conta da pandemia do novo coronavírus, as vendas de apartamentos novos com padrão standard (de R$215 mil até R$400mil) e padrão médio (de R$400 mil até R$700 mil) se destacaram no mês de abril. Foram vendidos 109 apartamentos de padrão standard, o maior número dos primeiros quatro meses do ano. Já no padrão médio foram comercializadas 39 unidades, também o maior volume do ano.

Os dados são do Censo do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte e Nova Lima realizado mensalmente pela Brain Consultoria para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Particularmente no quarto mês do ano os lançamentos foram observados no padrão standard (88 unidades) e no padrão luxo (38 unidades) e estavam localizados nas regiões da Pampulha e Centro Sul.

Em relação ao mês de março as vendas do padrão standard aumentaram 19,78% e as de imóveis no padrão médio cresceram 5,41%. O vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Renato Michel, explica: Apesar do recuo no total das vendas, é positiva a sinalização de que o mercado imobiliário continua mantendo suas atividades e que as condições de financiamento podem estar contribuindo para que os compradores de imóveis realizem o sonho da casa própria”.

No total, as vendas de apartamentos, como já era aguardado, reduziram em abril na comparação com o mês anterior. Foram 201 unidades comercializadas no quarto mês do ano contra 276 em março, o que representou uma queda de 27,17%. Vale lembrar que abril foi o primeiro mês onde se observou o impacto total da crise na economia em função das medidas de distanciamento social adotadas para combater a pandemia da COVID-19.

O vice-presidente do Sinduscon-MG explica: “Em um cenário totalmente debilitado, a retração dos lançamentos em abril foi mais intensa do que a observada nas vendas. Foi o primeiro impacto diante da pandemia”. Assim, enquanto em março os lançamentos residenciais totalizaram 484 unidades, em abril foram 126, o que correspondeu a um recuo de 74%. Vale destacar que, em março, o número de lançamentos foi o maior desde outubro/19.

Em abril as vendas voltaram a superar os lançamentos e, com isso, a oferta (número de unidades disponíveis para comercialização), voltou a ficar abaixo de 3.500 unidades, um patamar que é considerado muito baixo.

No quarto mês do ano o preço médio por m² das unidades residenciais vendidas registrou alta de 1,3%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, indicador oficial da inflação no País, apresentou queda de 0,31%. Em relação a abril de 2019 os apartamentos apresentaram elevação de preços de 4,37%. Neste mesmo período, o IPCA aumentou 2,40%.

Para Renato Michel, o incremento no preço dos imóveis residenciais está relacionado ao baixo patamar da oferta de unidades para comercialização e demonstra que, neste momento, não é observado espaço para reduções: “Os números da oferta de imóveis disponíveis para comercialização estão muito baixos. Temos estoque inferior a 3.500 unidades para uma cidade do tamanho de Belo Horizonte, onde a média geral em anos anteriores já chegou a ser 5.000 unidades. E este número pode reduzir mais ainda. Portanto, este é um momento importante para quem quer comprar um imóvel, pois quanto menor a oferta maior pode ser os preços.”

De janeiro a abril as vendas de apartamentos cresceram 14,62% em relação a igual período o ano anterior. Nesta mesma base de comparação os lançamentos apresentaram incremento superior a 100%. Chama a atenção o forte recuo da oferta: 7,75%, o que contribui para justificar a elevação nos preços.

Fonte: Assessoria Econômica/Sinduscon-MG