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Resultados da Sondagem corroboram retomada gradual da construção no Estado

A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais apontou crescimento da atividade e do número de empregados em setembro, atingindo os melhores índices em sete anos. No terceiro trimestre de 2019, os construtores mostraram menor insatisfação com a margem de lucro operacional, com a situação financeira e com o acesso ao mercado de crédito. No tocante às dificuldades enfrentadas pelos empresários, as mais citadas foram a elevada carga tributária, a burocracia excessiva e a demanda interna insuficiente. Vale destacar que essa última caiu para a terceira colocação, após 12 trimestres consecutivos em primeiro lugar.

O otimismo dos empresários quanto ao nível de atividade, às compras de insumos e matérias-primas, aos novos empreendimentos e serviços e ao número de empregados aumentou em outubro, e melhorou em relação a anos anteriores. As intenções de investimento cresceram pelo segundo mês seguido.

Desempenho da Construção mineira

O índice de atividade da Construção aumentou 1,8 ponto frente a agosto (50,5 pontos), marcando 52,3 pontos em setembro. O indicador apontou crescimento da atividade pelo segundo mês consecutivo e atingiu o nível mais elevado em quase sete anos. Vale ressaltar que de novembro de 2012 a julho de 2019 o índice permaneceu abaixo dos 50 pontos – fronteira entre queda e elevação. O indicador foi 2,5 pontos superior ao apurado em setembro de 2018 e acumulou aumento de 10,4 pontos de janeiro a setembro deste ano.

Apesar de mostrar atividade inferior à habitual para o mês ao ficar abaixo dos 50 pontos, o índice de atividade em relação à usual avançou 0,8 ponto entre agosto (38,9 pontos) e setembro (39,7 pontos), a segunda elevação seguida. O indicador também ficou acima do observado em setembro de 2018 (32,2 pontos), em 7,5 pontos.

O índice de evolução do número de empregados cresceu 3,1 pontos na comparação com agosto (49,5 pontos) e ultrapassou a barreira dos 50 pontos, alcançando 52,6 pontos em setembro. O resultado apontou elevação do emprego, após permanecer inferior aos 50 pontos de julho de 2014 a agosto de 2019. O indicador também avançou frente a setembro de 2018 (45,8 pontos) em 6,8 pontos, e acumulou expansão de 12,5 pontos nos nove meses deste ano.

Condições financeiras da Indústria da Construção mineira

Os indicadores financeiros são divulgados trimestralmente e medem a satisfação dos empresários da Construção com o lucro operacional, com a situação financeira e com as condições de acesso ao crédito. Valores abaixo de 50 pontos indicam insatisfação dos empresários do setor.

Lucro operacional e situação financeira

O índice de satisfação com a margem de lucro operacional avançou 4,2 pontos entre o segundo trimestre (32,7 pontos) e o terceiro (36,9 pontos), o que sinaliza menor insatisfação dos construtores com o lucro operacional de suas empresas. O indicador cresceu 2,5 pontos em relação a igual trimestre de 2018 (34,4 pontos) e foi o mais elevado desde o terceiro trimestre de 2014 (40,6 pontos).

O índice de satisfação com a situação financeira aumentou 4,6 pontos frente ao segundo trimestre (38,1 pontos) e atingiu 42,7 pontos no terceiro trimestre. Com o avanço, o indicador mostrou empresários menos descontentes com a situação financeira de seus negócios. O índice foi 4,5 pontos superior ao do terceiro trimestre de 2018 (38,2 pontos) e o maior desde o terceiro trimestre de 2014 (44,9 pontos).

Acesso ao crédito

O índice que avalia as condições de acesso ao crédito registrou 37,1 pontos no terceiro trimestre, crescimento de 2,2 pontos frente ao trimestre anterior (34,9 pontos). O resultado, apesar de seguir abaixo da linha de 50 pontos, sinaliza menor dificuldade de acesso ao crédito pelos construtores. O indicador aumentou 9,0 pontos na comparação com o mesmo período de 2018 (28,1 pontos) e foi o mais elevado desde o quarto trimestre de 2014 (38,4 pontos).

Problemas enfrentados pela Indústria da Construção mineira

No terceiro trimestre do ano, a elevada carga tributária foi apontada como o maior problema enfrentado pela Indústria da Construção, com 36,4% das citações. O item havia ficado na quinta posição na pesquisa realizada no segundo trimestre.

A burocracia excessiva recebeu 34,1% das assinalações, e passou da quinta colocação, no segundo trimestre, para a atual segunda posição. A demanda interna insuficiente (31,8%) caiu para a terceira colocação, após 12 trimestres seguidos em primeiro lugar.

O item falta de capital de giro (29,5%) recuou da terceira para a quarta posição, seguido pela inadimplência dos clientes (27,3%), que passou da segunda para a quinta colocação. Vale destacar também as taxas de juros elevadas (9,1%), que caíram do quarto para o oitavo lugar.

Expectativas da Indústria da Construção mineira

Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores abaixo de 50 pontos indicam expectativas de queda.

Os empresários da Construção esperam aumento do nível de atividade nos próximos seis meses, com índice de 54,8 pontos em outubro. O indicador, que cresceu 3,0 pontos na comparação com setembro (51,8 pontos), segue acima de 50 pontos há 12 meses. O índice avançou 8,7 pontos frente a outubro de 2018 (46,1 pontos) e foi o mais elevado para o mês em sete anos.

Os construtores também esperam crescimento das compras de insumos e matérias-primas, com indicador de 54,4 pontos em outubro. O índice aumentou 3,2 pontos em relação a setembro (51,2 pontos) e 9,0 pontos frente a outubro de 2018 (45,4 pontos), e foi o maior para o mês em sete anos.

O indicador de novos empreendimentos e serviços atingiu 52,1 pontos em outubro, avanço de 1,6 ponto frente a setembro (50,5 pontos). O resultado mostrou, pelo quinto mês seguido, que os empresários do setor anteveem crescimento da oferta de novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. O índice aumentou 5,6 pontos frente a outubro de 2018 (46,5 pontos) e foi o melhor para o mês em seis anos.

O indicador de evolução do número de empregados marcou 53,4 pontos em outubro,

elevação de 2,8 pontos na comparação com setembro (50,6 pontos). O índice, sinalizou, pelo 11° mês seguido, expectativa de aumento das contratações no curto prazo. O indicador cresceu 9,4 pontos em relação a outubro de 2018 (44,0 pontos) e foi o maior para o mês em seis anos.

Intenção de investimento

Após aumento de 6,5 pontos no mês anterior, o índice de intenção de investimento marcou 40,7 pontos em outubro, avanço de 0,3 ponto frente a setembro. Em relação a outubro de 2018 (26,5 pontos), o indicador mostrou uma expansão considerável, de 14,2 pontos.


Saiba mais:

A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais é elaborada pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).