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Responsabilidade social, um dever do cidadão

* Paulo Safady Simão À medida que o Brasil se aproxima do bloco dos países mais desenvolvidos e influentes do mundo, mais cresce a sua responsabilidade em relação ao compromisso com a sustentabilidade do planeta. Hoje, o conceito de sustentabilidade está cada vez mais claro e difundido. E caberá aos países líderes a tarefa importante de comandar o processo, a partir do exemplo e da ajuda às nações menos favorecidas. Na prática, cada cidadão, entes públicos ou privados, organizações de governo, empresas, associações, enfim, todos os elementos da sociedade precisam se incorporar a este grande desafio, para que no futuro os povos possam usufruir, de maneira adequada e justa, dos bens que a natureza nos oferece. No Brasil, a indústria da construção civil tem feito sua parte. Um amplo programa de responsabilidade social e ambiental é desenvolvido por um grande número de empresas e entidades, em diferentes pontos do país. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) tem tentado, por meio de seus fóruns específicos, organizar esses movimentos e dar-lhes uma diretriz objetiva, a fim de que os resultados sejam os melhores possíveis. Não se aceita mais a idéia de negócio desatrelado de atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente e à sociedade. Não se fala mais em “crescer”, pura e simplesmente, mas em “desenvolver-se” de maneira sustentável. Neste sentido, além de reunir seus associados em torno dessas idéias, a CBIC procurou aliar-se a parceiros da cadeia produtiva da construção que comungam os mesmos conceitos. Foram muitas as ações desenvolvidas ao longo do ano, em níveis local, regional e nacional para consolidar um trabalho organizado de responsabilidade social. No mês passado, em Brasília, nos reunimos com representantes dos trabalhadores e dos movimentos sociais organizados para lançar, formalmente, uma campanha nacional em favor da moradia popular. Aprovamos, de forma consensual, uma série de ações para definir uma política capaz de erradicar, em 15 anos, o escandaloso déficit habitacional brasileiro, estimado em oito milhões de moradias. Outra iniciativa de destaque é o já consagrado “Dia Nacional da Construção Social”, a ser realizado no próximo dia 02 de agosto em sua segunda edição. Neste ano, 19 estados estarão envolvidos na organização do evento, sob a orientação da CBIC e a coordenação das entidades filiadas. A participação dos Seconci´s, do Sistema CNI (por meio do SENAI e SESI) e a parceria com os Sindicatos dos Trabalhadores são determinantes para que se chegue a bons resultados. Teremos também, nesta segunda edição, o apoio e a participação efetiva dos grupos Gerdau e Votorantim, parceiros no projeto. A expectativa é que sejam atendidos 170 mil trabalhadores da construção, nas áreas de saúde, lazer e cidadania em todo o país. A exemplo de 2007, o Dia Nacional da Construção Social terá, como um de seus objetivos mais nobres, o estímulo às parcerias em sua mais ampla dimensão. É nossa meta incentivar o voluntariado nas empresas e nas entidades patronais, como parte da tarefa de valorizar a cidadania e divulgar os conceitos de crescimento sustentável. Estamos falando de conceitos fundamentais para que o Brasil atinja, em médio prazo, o nível de desenvolvimento de alguns países da América, da Europa e da Ásia, onde o crescimento da economia está relacionado com a preservação dos recursos naturais e a qualidade de vida das pessoas. * Paulo Safady Simão é membro do Conselho de Líderes do Sinduscon-MG e presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).