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Pode faltar vergalhões para a construção civil

Algumas indústrias já impõem cotas de compra para os revendedores Frederico Damato Boom. No primeiro trimestre de 2008, o PIB da construção civil cresceu quase 10% no país O robusto crescimento da construção civil, que cresceu 8,8% no primeiro trimestre do ano, começa a deixar as indústrias siderúrgicas à beira de um colapso. Sem condições de atender a todas as encomendas feitas pelas distribuidoras atacadistas, tanto no prazo quanto em volume, Gerdau, ArcelorMittal Aços Longos e Votorantim anunciaram no último dia 10 que, a partir das próximas semanas, começarão a impor cotas de compra para cada cliente. As três siderúrgicas respondem por aproximadamente 95% da produção nacional de vergalhões. O volume para cada estabelecimento atacadista será estabelecido de acordo com a média adquirida nos últimos meses. Desde a semana passada que as siderúrgicas fecharam as portas para quase todas as distribuidoras de Minas. Algumas, conforme apurou O TEMPO, já não possuem aço para revenda aos depósitos varejistas. “Fiz encomendas há mais de duas semanas e até hoje não existe previsão de entrega dos vergalhões”, revelou o proprietário de uma distribuidora. No pátio, ele afirmou possuir estoque para uma semana de vendas. A escassez mostra que a maturação dos investimentos para o aumento da capacidade de produção de vergalhões caminha a passos mais lentos que a demanda, sobretudo do mercado doméstico. Além do mais, a pressão de demanda indica que o cenário de alta de preços não possui data certa para terminar. No acumulado deste ano o vergalhão utilizado nas obras já ficou cerca de 27% mais caro. Há poucos dias, as três siderúrgica avisaram que o produto sofrerá reajuste médio de 6,5% a partir de 1 de julho. Com isso, o aumento acumulado no ano irá para 34%. Através de assessorias de imprensa, a Gerdau e ArcelorMittal negaram as cotas de vendas e o aumento de preços. Já a Votorantim Metais destacou investimentos para o aumento da produção, assim como ressaltou também a Gerdau.