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Planejamento: economia e segurança para construir

Bom e barato. Especialistas dão dicas de como construir a casa que se quer gastando pouco e sem deixar a qualidade de lado Na hora de construir ou reformar,entre as várias decisões que devem ser tomadas, um outro grande problema assombra a cabeça do responsável pelo imóvel: o dinheiro a ser investido. Mas, segundo profissionais da área de construção civil e especialistas desse setor, realizar uma boa pesquisa de mercado e colocar em prática algumas dicas podem ser saídas para poupar na hora de construir. Porém, todo cuidado é pouco. Segundo o engenheiro e assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Roberto Matozinhos, apesar de existir no mercado de materiais de construção uma imensa variedade de produtos que podem encher os olhos do consumidor graças ao preço atrativo, é bom ficar atento à qualidade. Para gastar menos e fazer uma casa segura, o engenheiro afirma que é necessário antes de tudo um planejamento completo da construção. Para isso, segundo Matozinhos, é necessária a presença de um profissional habilitado, que deve auxiliar em todas as etapas da obra. “Muitas pessoas acham que vão gastar mais ao contratar um profissional registrado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). Mas esse profissional, além de toda a parte técnica, vai promover medidas que vão reduzir os gastos”, explica Matozinhos. Segundo o engenheiro, um bom profissional vai modular toda a estrutura de forma que, mais adiante, não haja perdas, desperdício de materiais ou gastos desnecessários. “Se você não tem um bom planejamento, talvez não consiga prever todos os pontos elétricos que a casa terá, por exemplo. Aí, vai ter que quebrar a alvenaria que já estava pronta para fazer modificações. É um gasto muito maior”, afirma. Para economizar Louças Invista nas louças brancas (vasos sanitários e pias, por exemplo). Elas são mais baratas e mais fáceis de substituir. Tradição Procure não comprar materiais que estão na moda. Os tradicionais são mais baratos e mais fáceis de repor. Fuja da chuva Evite construir nos períodos de chuva, pois pode haver desperdício de material. Pintura Aplique a tinta da forma indicada pelo fabricante. A utilização de um selador ajuda na economia. Material reaproveitado Para usar materiais aproveitados de outras construções, saiba a procedência e a forma como eles foram retirados de lá. Prazo de validade Não compre em grandes quantidades achando que vai economizar. Material de construção Escolhas corretas barateiam custos Observada a qualidade dos materiais e a sua durabilidade, a hora de escolher os produtos que vão complementar a construção também deve receber atenção especial. Isso porque, segundo o engenheiro Roberto Matozinhos, as etapas de estrutura e acabamento são aquelas mais caras em uma obra. Nesses momentos, segundo ele, pode-se economizar com qualidade e ainda evitar novos gastos no futuro. “Muita gente acaba comprando materiais, como fios elétricos, mais baratos, achando que vai economizar. Mas a falta de qualidade acaba fazendo com que, no futuro, tudo tenha que ser trocado, o que vai gerar gastos muito superiores aos que foram investidos”, alerta. Para ajudar na economia, o engenheiro recomenda também alguns elementos que já são bastante utilizados e barateiam as construções. “Autilização de lajes pré-fabricadas e não das lajes maciças gera muita economia. A laje convencional envolve o trabalho de mais profissionais e mais gasto de materiais”, recomenda o profissional. Outra dica importante é comprar kits de janelas prontos, cujo material já vem pintado e com o vidro. “É só deixar o vão do espaço na hora de construir e encaixá-la e já está pronta. É uma grande economia também”, aconselha. A utilização de argamassa industrializada também é uma opção recomendada pelos profissionais. “Na ponta do lápis, fica muito mais barato do que arcar com o transporte de cimento, areia e outros materiais. O número de trabalhadores envolvidos é menor e a qualidade pode ser considerada até mesmo superior”, afirma Roberto Matozinhos. Outra parte da construção que acaba iludindo quem está comprando os materiais para as obras são pias e vasos sanitários. “O comprador acha que está economizando muito, mas indiretamente pode estar gastando mais. Normalmente os vasos muito baratos consomem muita água, e o preço vai refletir na conta no fim do mês”, diz. Construções verdes são tendência A tendência do ecologicamente correto chegou também no ramo das construções e reformas. E, ao contrário do que muitos imaginam, pode ser mais barato investir em materiais de construção que não agridam o meio ambiente. De acordo com a arquiteta Márcia Mikai, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), é possível economizar muito utilizando até mesmo um tijolo chamado solo-cimento, que prejudica menos o meio ambiente. “O custo da alvenaria representa aproximadamente 10% do total de uma obra. Nessa etapa, então, é possível dizer que o uso do tijolo de solo-cimento pode representar uma economia de até 60%”, explica a arquiteta. Ainda na alvenaria, outra opção são os blocos de tijolos feitos a partir de resíduos de construção. “Existem bons produtos feitos com restos de materiais de construção, só é preciso ficar atento às boas marcas”, alerta o engenheiro Roberto Matozinhos, assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon- MG). Segundo Márcia Mikai, a construção sustentável traz qualidade de vida, diminui os impactos ambientais e gera benefícios econômicos a longo prazo. “Os custos de operação menores são conseguidos com a diminuição das contas de água, luz etc.”, exemplifica.