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Desemprego recua na RMBH

Taxa média caiu de 10,7%, em maio deste ano, para 9,9% em junho, retração de 7,5%. A taxa média de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) caiu de 10,7%, em maio deste ano, para 9,9% em junho, uma retração de 7,5%. É o menor índice desde o início da série, em 1996. A geração de 29 mil postos de trabalho no período superou as 10 mil ocupações na População Economicamente Ativa (PEA), o que garantiu a redução do indicador. Com isso, o contingente de desocupados diminuiu em 19 mil, passando de 276 mil, em maio, para 257 mil, em junho. A PEA, calculada em 2,592 milhões de pessoas, apresentou crescimento de 0,4%, no mesmo período de comparação. O número de ocupados passou de 2,306 milhões no quinto mês deste ano para 2,335 milhões em junho. Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego caiu 22%, passando de 12,7% em maio de 2007 para os atuais 9,9% da PEA. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem pela Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Para o coordenador técnico do Dieese, Mário Marcos Sampaio Rodarte, o avanço tímido da PEA e a geração mais expressiva de vagas justificam a redução na taxa de desemprego. “Mesmo com uma piora da conjuntura econômica, o mercado de trabalho está crescendo sob bases mais sólidas. Neste ano, o cenário é de estabilização e de índices mais baixos do que em exercícios anteriores”, disse. Serviços – O setor de serviços foi o que mais gerou ocupações em junho. Foram criados 16 mil postos de trabalho no sexto mês do ano, frente a maio, um crescimento de 1,3%. Nos últimos 12 meses, foram geradas 40 mil vagas, ampliação de 3,3%. Em junho, na comparação com maio, foram criadas 7 mil ocupações no emprego doméstico, que integra o agregado “outros setores de atividade”, com evolução de 3,8%. Nos últimos 12 meses, porém, houve perda de 3 mil postos de trabalho no segmento, uma redução de 1,6%. O setor da construção civil gerou 6 mil empregos em junho, na comparação com maio, o que representa uma evolução de 3,8%. Quando se compara o sexto mês deste ano com o mesmo mês de 2007, a alta foi de 17 mil vagas, um aumento de 11,6%, melhor desempenho entre as atividades pesquisadas. Na avaliação do diretor de Programas Habitacionais do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), André de Sousa Lima Campos, o resultado é reflexo do aquecimento do mercado imobiliário e da realização de obras públicas em quase todas as cidades da RMBH. “Além disso, a facilitação do acesso ao créditos e a ampliação da renda também alimentam a ampliação da demanda por imóveis e reformas”, explicou. O comércio apresentou estabilidade no número de ocupações entre maio e junho. Quando a comparação é com junho de 2007, houve geração de 26 mil postos de trabalho, uma evolução de 7,8%. A indústria também manteve a estabilidade no número de postos em junho frente maio. Já nos últimos 12 meses, foram criadas 15 mil ocupações, expansão de 4,4%. Do total de ocupações apuradas pela pesquisa, 54,5% estão no setor de serviços; 15,7% na indústria; 15,2% no comércio; 6,5% na construção civil e 8,1% em outros setores. ALINE LUZ Rendimento médio real tem alta de 4% O rendimento médio real dos ocupados avançou 4% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em maio, frente a abril, passando de R$ 1.034 para R$ 1.075. Na mesma base de comparação, a ampliação do salário real médio foi ainda maior, de 5,4%, e passou de R$ 1.078 para R$ 1.135. No setor privado, o salário real médio aumentou 4,4% em maio, ante a abril, ficando em R$ 960. Na indústria subiu 2% (de R$ 1.064 para R$ 1.085), no comércio teve elevação de 3,4% (de R$ 772 para R$ 799) e no segmento de serviços a alta foi de 6,3% (de R$ 906 para R$ 963). Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), no que diz respeito à forma de contratação, houve perda de 9 mil postos de trabalho com carteira assinada no setor privado, e aumento de 2 mil entre os assalariados sem carteira, entre maio e junho. Quando se compara o sexto mês de 2008 com o mesmo período de 2007, foram criados, no setor privado, 110 mil vagas entre os trabalhadores com carteira assinada e recuo de 4 mil vagas entre os sem carteira. Comparando junho com maio, no setor público foram gerados 10 mil postos de trabalho. Entre os autônomos houve criação de 17 mil vagas e geração de 7 mil ocupações no emprego doméstico. Já quando a base comparativa é junho deste ano e mesmo mês de 2007, foram geradas 12 mil ocupações no setor público, 13 mil no trabalho autônomo e 1 mil no emprego doméstico. Brasil – A RMBH manteve a menor taxa de desemprego entre as seis capitais pesquisadas pela PED, e contribuiu para a queda do índice geral, que caiu de 14,8%, em maio, para 14,6% em junho, a menor taxa para o mês desde 1998. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 16,234 milhões e a População Economicamente Ativa (PEA) em 19,304 milhões. A taxa de desemprego registrou relativa estabilidade em Recife (0,5%). Além da RMBH, a redução foi registrada em Salvador (-1%), São Paulo (-1,4%), Porto Alegre (-2,5%) e em Brasília (-2,9%). (AL) Redução foi de 13,9% na Grande São Paulo São Paulo – A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo caiu de 14,1% em maio para 13,9% em junho, a menor desde junho de 1995, quando foi de 13,2. A informação foi divulgada ontem, pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). A taxa de desemprego aberto (pessoas que procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à entrevista e não exerceram nenhuma atividade nos últimos sete dias) passou de 9,8% para 9,7%, de maio para junho. Já a taxa de desemprego oculto (pessoas que fazem algum trabalho remunerado eventual, sem perspectiva de continuidade, ou realizam trabalho não remunerado em negócios de parentes e que procuraram mudar nos 30 dias anteriores à entrevista) cedeu de 4,3% para 4,2% no período. O total de desempregados apresentou redução de 21 mil pessoas de maio para junho e foi estimado pela Fundação Seade e o Dieese em 1,46 milhão de pessoas na região. Este resultado reflete as oscilações no número de ocupados (acréscimo de 16 mil) e na População Economicamente Ativa (PEA), que apresentou redução de 5 mil pessoas no período. A taxa de participação passou de 64% para 63,9% de maio para junho – esta taxa revela a proporção de pessoas com dez anos ou mais, incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas. Houve redução da taxa de desemprego entre maio e junho nos três domínios geográficos para os quais os indicadores da PED são calculados. No município de São Paulo, a taxa cedeu de 13% para 12,7%; na região do ABC a queda foi de 12,2% para 12%; e nos demais municípios da região metropolitana, de 15,6% para 15,5%. Em junho do ano passado, estas taxas eram de 13,4%, 14,3% e 17% respectivamente. Em junho de 2007, a taxa de desemprego total estava em 14,9%. No período dos últimos 12 meses encerrado em junho, 55 mil pessoas deixaram a situação de desemprego, uma vez que foram criados 390 mil postos de trabalho. As novas vagas foram mais do que suficientes para absorver o contingente de 335 mil pessoas que passaram a integrar a força de trabalho da região, ainda segundo a Seade e o Dieese. A taxa de participação subiu de 62,7% para 63,9% nesse período. Rendimento – O rendimento médio real de trabalhadores ocupados e assalariados na Região etropolitana de São Paulo apresentou alta de 0,3% de abril para maio. O cálculo foi feito em conjunto pela Fundação Seade e Dieese. De acordo com a pesquisa, o rendimento médio dos ocupados era de R$ 1.222,00 em maio, enquanto o dos assalariados estava em R$ 1.301,00. A massa de rendimento dos ocupados cresceu 0,8% no período, devido às variações positivas do nível de ocupação e do rendimento médio – os ocupados são as pessoas que nos sete dias anteriores à entrevista tinham trabalho remunerado exercido regular ou irregularmente ou tinham trabalho não remunerado em negócios de parentes sem procurar por outro emprego. Já a massa dos assalariados apresentou pequena queda (-0,2%), resultado de pequenas oscilações divergentes do nível de emprego (negativa) e do salário médio (positiva). Entre maio de 2007 e de 2008, o rendimento médio real dos ocupados subiu 2,1% e dos assalariados, 2,3%. A massa de rendimentos dos primeiro aumentou 8,5% e a dos últimos, 11,8% no período. Segundo a PED, nos dois casos esse crescimento refletiu principalmente a expansão do nível dos ocupados. (AE) Varejo de SP contrata mais São Paulo – O nível de ocupação no comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) surpreendeu os coordenadores da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) em junho. Naquele mês, houve a contratação de 57 mil novos funcionários no setor, uma taxa de crescimento de 3,9% na comparação com maio, e que elevou para 1,501 milhão o total de trabalhadores no varejo. “O comércio apresentou um desempenho fora de linha, muito forte para o mês em questão, quando não há uma data comemorativa que impulsione as vendas, como o Dia das Mães (maio) e Natal (dezembro). É um mês morto”, comparou o coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian. Ele descartou a possibilidade de que houvesse algum erro na elaboração da pesquisa, já que ela é o resultado de uma média móvel e conta com uma amostragem rotativa – dos 9 mil entrevistados ao mês, 3 mil são sempre novas fontes de informação para a estatística. Na comparação de junho ante idêntico mês de 2007, o incremento do total de trabalhadores no setor foi de 7,1%. Desde o início do ano, na comparação de um mês ante idêntico período do ano anterior, as variações apresentadas pelo emprego no comércio foram as seguintes: 1,1% em janeiro, 0% em fevereiro, 1,7% em março, 2,6% em abril e 2,3% em maio. “São Paulo está se transformando em um centro comercial importante para o Brasil”, disse Loloian, avaliando que a região vem substituindo parte das compras realizadas antigamente no Paraguai. De um modo geral, o nível de ocupação na RMSP em junho subiu 0,2% e o contingente de trabalhadores foi estimado em 9,042 milhões, 16 mil a mais do que em maio. Foi o comércio o principal responsável pelo dado geral ainda ter ficado positivo, já que de maio para junho houve queda do número de ocupados na indústria (-0,9%), serviços (-0,2%) e outros (1,6%). Na comparação de junho em relação ao mesmo mês do ano passado, as taxas de ocupação desses segmentos ainda mantêm-se robustas, com a indústria crescendo 8,5%; os serviços, 2,8% e o conjunto outros, 2,7%. (AE)