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Custo da construção em Belo Horizonte aumentou 0,20% em abril

Fonte: Assessoria Econômica do Sinduscon-MG

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou alta de 0,20% em abril e ficou 0,10 ponto percentual acima do mês anterior, cuja variação foi de 0,10%.   Dentre os componentes do CUB/m² observou-se, em abril, alta somente no custo com material (+0,51%).  Os custos com a mão de obra, com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos permaneceram estáveis.  Nos primeiros quatro meses do ano o CUB/m² aumentou 0,96%.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em março/19 era R$1.420,58 passou para R$1.423,45 em abril/19.   O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço do material de construção, da mão de obra, da despesa administrativa e do  aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em abril, 56,07% do custo total, os materiais de construção responderam por 39,83% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,10%.

Em abril, os materiais que apresentaram maiores aumentos em seus preços foram: brita (+4,17%), areia (4,00%), tinta látex PVA (+2,16%), fio de cobre (+1,14%) e aço CA 50 10 mm (+1,00%).

De acordo com o economista e coordenador do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti,  “o aumento de 0,51% no custo com material de construção em abril foi o maior observado desde agosto/18 (+0,76%) e  surpreendeu. As estimativas para o crescimento da economia nacional estão caindo semanalmente e dados da prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central, indica que a economia brasileira encerrou o primeiro trimestre do ano com retração de 0,68%. A economia está com sérias dificuldades de consolidar um processo de recuperação e, neste contexto, aumentos de preços sempre preocupam o setor, que nos últimos cinco anos registrou queda de 27,69% em todo o País. Assim, estamos acompanhando de perto esta evolução nos custos.”

 Acumulado de janeiro a abril de 2019 – Nos primeiros quatro meses  do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 0,96%. Já o custo com material aumentou, neste período, 1,25% e o custo com a mão de obra cresceu 0,82%. Os custos com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos ficaram estáveis.  Os materiais que registraram as maiores elevações de preços neste período foram:  areia (+1,17%), brita (+10,29%), aço CA 50 10mm (+5,92%), tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150mm (4,84%),  tinta látex PVA (+3,62%) e registro de pressão cromado (+3,37%).

 Acumulado nos últimos 12 meses (maio/18 – abril/19): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 4,78%, o que foi reflexo das seguintes variações: 5,82% no custo com material de construção, 4,38% no custo com a mão de obra, 0,20% nas despesas administrativas e 6,71% no aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram as maiores elevações em seus preços, neste período, foram: porta interna semi oca para pintura (+21,23%), aço CA 50 10mm (+20,90%), bacia sanitária branca (+18,62%), tubo de ferro galvanizado 2 ½” (18,24%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+16,67%) e brita (+15,38%).

CUB-2019

Resultado – O CUB/m² desonerado aumentou 0,21% em abril/19, acumulando alta de 1,07% nos quatro primeiros meses do ano e 4,88% nos últimos 12 meses (maio/18- abril/19).

 A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,03%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 158,82%.