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Construtoras têm lucros recordes

Boom imobiliário aumenta vendas e turbina balanços Paulo Paiva O forte crescimento da construção civil está turbinando o resultado das empresas que operam no setor. Os balanços semestrais das principais construtoras mineiras com atuação nacional mostram o vigor de um segmento que vem sendo impulsionado principalmente pelo crédito farto. A MRV anunciou ontem lucro líquido de R$ 117,5 milhões nos seis primeiros meses do ano – um crescimento de 381,8% em relação a igual período de 2007. Já a Tenda apresentou lucro líquido de R$ 42 milhões e receita operacional de R$ 321 milhões, alta de 583%. Ambas atuam com foco em moradias cujos preços variam de R$ 60 mil a R$ 130 mil, justamente o segmento mais irrigado pelo crédito. “O fato de o mercado estar crescendo vem permitindo que a empresa cresça junto. Com mais crédito, temos prazos maiores e prestações mais baratas. É a classe média crescendo e aparecendo”, diz Leonardo Corrêa, vice-presidente executivo e diretor de Relações com Investidores da MRV. A Tenda também justifica o balanço vitaminado com o “aumento de vendas e evolução no volume de execução de obras”. Exemplos: os lançamentos da MRV no primeiro semestre chegaram a R$ 1,48 bilhão, crescimento de 244,3% em relação aos seis primeiros meses de 2007. Já as vendas contratadas somaram R$ 820,9 milhões, volume 197,3% maior que em igual período do ano passado. A receita líquida da empresa atingiu R$ 461,1 milhões, alta de 225%. “Mas só o crescimento do mercado não explica nossos números. Temos uma estratégia voltada a residências populares. Esse é o nosso grande mercado”, garante Corrêa. É o caso da Tenda. A construtora lançou 39 empreendimentos, com 6,8 mil unidades, no primeiro semestre, com faixa de preço médio de R$ 80 mil. O principal motor do segmento, contudo, é mesmo o crédito, aliado a prazos maiores e regras claras. “As pessoas precisam de 20 ou 30 anos para pagar a casa própria”, frisa o vice-presidente da MRV. Para ele, o boom do setor é sustentável. “Tivemos tempos hostis para a construção civil nas décadas de 1980 e 1990, mas agora teremos crescimento por um bom tempo”, aposta. DÓLAR EM DIA DE ALTA Depois de subir 3,97% em sete das oito sessões deste mês, o dólar no mercado à vista caiu ontem. O mercado cambial doméstico realizou parte dos ganhos recentes estimulado pela leve recuperação do euro ante o dólar no exterior, depois do indicador ruim de vendas no varejo nos EUA em julho, e a alta de algumas commodities metálicas e do petróleo que ampararam o avanço da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Esse cenário estimulou movimento de redução de posições compradas no mercado futuro de dólar e também justificou vendas de moeda à vista por exportadores, fatores que induziram o recuo de pronto a partir do início da tarde, de acordo com operadores consultados. No fechamento, a moeda à vista recuou 0,71%, a R$ 1,6135 na BM&F, e 0,55%, a R$ 1,615 no balcão. O giro total melhorou para cerca de US$ 4,070 bilhões. (Com agências)