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Construção civil tem expansão

Crescimento do segmento chegou a quase 10% no segundo trimestre deste ano. A ampliação do volume de crédito para habitação garantiu o forte aquecimento da indústria da construção A construção civil cresceu 9,9% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período em 2007, e comandou a expansão do setor industrial, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No semestre, o desempenho da construção civil subiu 9,5%. O PIB nacional cresce 6,1% no segundo trimestre; no semestre, expansão é de 6%. Para a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, essa performance foi influenciada pelo aumento das obras públicas, entre as quais as incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros fatores mencionados por ela foram o crescimento do crédito direcionado ao setor de habitação – 26,7% no segundo trimestre, em termos nominais – e o aumento de 5% da população ocupada na construção. Para o vice-presidente da área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Jackson Câmara, o resultado positivo já era aguardado. “O número mostra que o setor está bem, fruto de vários fatores, como crescimento do emprego, da renda e do crédito”, disse. O aumento do crédito direcionado ao setor de habitação – 26,7% no segundo trimestre – impulsionou a construção civil Sustentabilidade – Ele ressaltou que a economia brasileira tem problemas, como juros e inflação mais elevados frente ao ano passado, mas que a situação é melhor que a verificada há anos. “Depois de anos praticamente parado, o que se verifica hoje no setor é que o crescimento é sustentável, realmente veio para ficar”, frisou. De acordo com o IBGE, a construção civil, que é uma das divisões da indústria, apresentou crescimento de 9,9% no segundo trimestre ante igual período do ano passado. O instituto informou que o setor foi beneficiado pelo aumento de 5% da população ocupada no setor e pelo crescimento nominal de 26,7% das operações de crédito para o setor da habitação. No índice total, a indústria apresentou crescimento de 6,3% no PIB no primeiro semestre ante o mesmo intervalo de 2007, sendo alta 4,3% da atividade extrativa mineral e 6% da transformação. Na comparação trimestral, o incremento foi de 5,7% ante o segundo trimestre do exercício anterior. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, informou, por meio de nota, que o crescimento do PIB nacional, que foi de 6,1% no segundo trimestre deste ano frente igual período do exercício passado, ficou acima das previsões da entidade, que era de 5,5%. Já na comparação do semestre, o PIB do país cresceu 6% ante o intervalo de janeiro a julho de 2007. Investimentos – Para o dirigente, o bom desempenho da economia é resultado da expansão do consumo interno e das inversões. “A consistente elevação da taxa de investimento na economia é saudável, porque pode atenuar eventuais desequilíbrios entre oferta e demanda”, disse. De acordo com o IBGE, os aportes no país aumentaram 16,2% no segundo trimestre, um ritmo quase três vezes superior ao da economia. Sobre a indústria, o dirigente disse que a expansão de 5,7% no segundo trimestre na comparação com igual intervalo do ano anterior, teve um desempenho semelhante ao total da economia. JULIANA GONTIJO e FP