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Construção civil está aquecida em Minas

Vagas cresceram no 1º semestre. Minas Gerais apresentou elevação de 120% no número de postos de trabalho criados na construção civil no primeiro semestre do ano, na comparação com igual intervalo do ano passado. O levantamento, que foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Projetos, mostrou que nos seis primeiros meses do ano foram geradas 36,824 mil vagas no segmento, contra 16,740 mil de janeiro a junho de 2007. O resultado do setor em Minas ficou acima do patamar alcançado pelo país, de 106% de aumento na comparação entre o primeiro semestre deste ano e os seis primeiros meses de 2007. Apenas em junho, o setor da construção civil criou 5,941 mil empregos em Minas, crescimento de aproximadamente 180% sobre o mesmo mês do exercício passado, quando o volume chegou a 2,128 mil postos. O Estado apresentou um saldo de 44,794 mil novas vagas nos últimos 12 meses, segundo os dados divulgados. Para o vice-presidente de Política, Relações Trabalhistas e Recursos Humanos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Ricardo Catão Ribeiro, o único risco para a construção civil hoje é a inflação do setor, bem acima dos indicadores oficiais. “Se os aumentos nos preços de insumos, como aço e cimento, persistirem, poderão inibir a criação de empregos”, avaliou o representante do Sinduscon-MG. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de postos de trabalho chegou a 16,499 mil no primeiro semestre do ano, contra 5,476 mil, resultando em alta de cerca de 200%. A Grande BH concentrou 44% das vagas do Estado. No resultado referente apenas ao mês de junho, o incremento chegou a aproximadamente 500%, passando de 432 empregos para 2,154 mil. Dificuldades – O contingente de trabalhadores no setor da construção civil do Estado foi de 291,435 mil em junho de 2008, variação de 18% sobre o estoque de 244,513 mil em ingual mês do exercício anterior. Na comparação com maio deste ano, o aumento dos postos no sexto mês do ano foi de 2,25%. De acordo com Ribeiro, apesar de algumas dificuldades para obtenção de mão-de-obra, as vagas no segmento têm sido preenchidas. Para o diretor do Sinduscon-MG, a rotatividade em relação à construção dos empreendimentos é muito rápida, sendo que os trabalhadores são realocados para outras obras assim que terminam os serviços nas construções anteriores. Os salários, segundo ele, também se tornaram mais atrativos e seriam um dos motivos para a migração de trabalhadores de outros setores para a indústria da construção civil. Apesar dos salários em alta, já existiriam dificuldades em conseguir profissionais de base, como pedreiros e mestres de obras, problema que atingia sobretudo a mão-de-obra especializada. MARX FERNANDES Contratações cresceram em SP São Paulo – A construção civil registrou número recorde de empregos, com a criação de mais vagas formais no primeiro semestre do que no acumulado de 2007, conforme levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da FGV Projetos. No primeiro semestre, o setor contratou 229 mil trabalhadores com carteira assinada em todo o país, com crescimento de 106% em relação às novas vagas registradas no mesmo período de 2007, e expansão de 10,8% ante do acumulado do ano passado. Em junho, houve recorde de vagas criadas em um único mês no Brasil, com 43,7 mil novos postos, acima dos 43,6 mil em janeiro Em relação a junho do ano passado, o crescimento foi de 18,6%. O estoque de trabalhadores da construção civil chegou a 2,063 milhões em junho, 12,4% a mais que o registrado em dezembro de 2007. Esta é a maior alta do índice para o período desde 1995, quando essa metodologia de cálculo passou a ser adotada. O nível de emprego reflete o aquecimento imobiliário e os investimentos em obras de infra-estrutura. No Estado de São Paulo, foram criadas 62,4 mil vagas no primeiro semestre, 63,4% a mais que no mesmo período de 2007. O estoque de trabalhadores paulistas no setor aumentou 12% em relação ao do início de 2008, para 578,5 mil. Na capital, as contratações cresceram 34,4% de janeiro a junho, para 30,3 mil contratações. O estoque de trabalhadores na construção da cidade subiu 12,2%, para 277,5 mil ante o começo do ano. O Centro-Oeste liderou o ritmo de crescimento do nível de emprego da construção no primeiro semestre, com aumento de 188,5% em relação ao número de vagas criadas no mesmo período de 2007, seguido pelo Nordeste, que teve alta de 183%. (AE)