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Cenário para a indústria da construção mineira é menos negativo

A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, realizada pela Fiemg com apoio do Sinduscon-MG, apontou queda menos intensa da atividade e do número de empregados em junho. Apesar de permanecerem inferiores a 50 pontos – valor que separa recuo de elevação – os dois índices foram os melhores para o mês em cinco anos. No segundo trimestre de 2019, os empresários exibiram menor insatisfação com a margem de lucro operacional, com a situação financeira e com o acesso ao mercado de crédito. Dentre os maiores problemas enfrentados pelo setor, a demanda insuficiente foi o mais citado pela 12ª vez seguida. A inadimplência dos clientes assumiu a segunda colocação no ranking, no lugar da elevada carga tributária.

O otimismo dos empresários com relação ao nível de atividade, às compras de insumos e matérias-primas, aos novos empreendimentos e serviços e ao número de empregados cresceu em julho, e os indicadores registraram o maior patamar para o mês em sete anos. As intenções de investimento também aumentaram, após dois meses de queda.

Desempenho da indústria DA CONSTRUÇÃO MINEIRA

O índice de atividade da Construção registrou 48,1 pontos em junho, crescimento de 5,2 pontos em relação a maio (42,9 pontos). Com o resultado, o indicador aproximou-se da linha de 50 pontos – fronteira entre queda e aumento – e apontou redução menos acentuada da atividade. O índice, que acumulou elevação de 6,2 pontos no primeiro semestre de 2019, foi 5,4 pontos superior a junho de 2018 e o mais alto para o mês em cinco anos.

O indicador de atividade em relação à usual aumentou 6,2 pontos entre maio (26,9 pontos) e junho (33,1 pontos), recuperando parte da queda de 7,0 pontos observada no mês anterior. O índice continuou inferior a 50 pontos, o que mostra que a atividade foi abaixo da habitual para o mês. Entretanto, o indicador cresceu 5,4 pontos frente a junho de 2018 (27,7 pontos).

O índice de evolução do número de empregados aumentou 4,4 pontos em junho (47,1 pontos), na comparação com maio (42,7 pontos). O resultado, que permanece abaixo de 50 pontos desde julho de 2014, apontou recuo do emprego. Contudo, o indicador avançou 6,7 pontos em relação a junho de 2018 (40,4 pontos) e foi o mais elevado para o mês em cinco anos. Adicionalmente, acumulou expansão de 7,0 pontos no primeiro semestre de 2019.

Condições financeiras da indústria da construção mineira

Os indicadores financeiros são divulgados trimestralmente e medem a satisfação dos empresários da Construção com o lucro operacional, com a situação financeira e com as condições de acesso ao crédito. Valores abaixo de 50 pontos indicam insatisfação dos empresários do setor.

Lucro operacional e situação financeira

Após dois trimestres consecutivos de recuo, o índice de satisfação com a margem de lucro operacional cresceu 4,2 pontos entre o primeiro trimestre (28,5 pontos) e o segundo trimestre de 2019 (32,7 pontos), apontando menor insatisfação dos empresários do setor. O índice aumentou 3,6 pontos em relação ao segundo trimestre de 2018 (29,1 pontos) e, excetuando-se o resultado do terceiro trimestre de 2018, foi o maior desde o quarto trimestre de 2014 (34,0 pontos).

O indicador de satisfação com a situação financeira avançou 2,4 pontos no segundo trimestre de 2019 (38,1 pontos), na comparação com o primeiro trimestre (35,7 pontos). O índice continuou apontando descontentamento dos empresários da Construção – porém, menos intenso – com relação à situação financeira de seus negócios. O indicador cresceu 3,6 pontos frente ao segundo trimestre de 2018 (34,5 pontos).

Acesso ao crédito

O índice que avalia as condições de acesso ao crédito marcou 34,9 pontos no segundo trimestre do ano, aumento de 3,0 pontos em relação ao trimestre anterior (31,9 pontos). Apesar de permanecer abaixo da linha divisória de 50 pontos, revelando que os empresários estão com dificuldades de acesso ao crédito, o indicador ficou 9,1 pontos acima do apurado no mesmo período de 2018 e foi o mais elevado desde o segundo trimestre de 2015 (35,1 pontos).

Problemas enfrentados pela indústria da construção mineira

No segundo trimestre do ano, a demanda insuficiente permaneceu, pela 12ª vez consecutiva, como o maior problema enfrentado pela indústria da Construção, com 44,4% das citações. O percentual de marcações aumentou em relação ao trimestre anterior (41,0%).

A inadimplência dos clientes passou da terceira para a segunda posição, assinalada por 35,6% das empresas, e a falta de capital de giro pulou da sexta para a terceira colocação, com 31,1% das citações. As taxas de juros elevadas (20,0%) subiram uma posição frente à pesquisa anterior, passando do quinto para o quarto lugar.

Os itens elevada carga tributária, burocracia excessiva e competição desleal (informalidade, etc.) ficaram empatados no quinto lugar, com 15,6% das assinalações.

Expectativas da indústria da construção mineira

Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores abaixo de 50 pontos indicam expectativas de queda.

Os empresários da Construção anteveem crescimento do nível de atividade nos próximos seis meses, conforme índice de 55,1 pontos em julho. Esse foi o nono mês seguido em que o indicador ficou acima de 50 pontos. O índice avançou 1,7 ponto frente a junho (53,4 pontos) – o segundo aumento mensal consecutivo – e foi o mais elevado para o mês em sete anos.

Em linha com a perspectiva de expansão da atividade, os empresários esperam crescimento das compras de insumos e matérias-primas, com indicador de 55,1 pontos em julho. O índice aumentou 2,9 pontos na comparação com junho (52,2 pontos) e foi o maior para julho em sete anos.

O indicador de novos empreendimentos e serviços avançou 3,7 pontos e atingiu 55,4 pontos em julho, na comparação com junho (51,7 pontos). O resultado revelou, pela segunda vez consecutiva, expectativa de crescimento nos próximos seis meses. O índice aumentou 8,0 pontos frente a julho de 2018 (47,4 pontos) e foi o melhor para o mês em sete anos.

O indicador de evolução do número de empregados mostrou, pelo oitavo mês seguido, expectativa de elevação das contratações, com 55,4 pontos em julho. O índice avançou 1,6 ponto em relação a junho (53,8 pontos) e 9,9 pontos frente a julho de 2018 (45,5 pontos), e foi o mais elevado para o mês em sete anos.

Intenção de investimento

Após dois meses de queda, o indicador de intenção de investimento – em compras de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produto ou processo – avançou 2,8 pontos entre junho (34,4 pontos) e julho (37,2 pontos). O índice ficou 13,1 pontos acima do observado em julho de 2018.