Sinduscon – MG

Notícias

Home / CEF: R$ 780 mi para habitação

CEF: R$ 780 mi para habitação

MARX FERNANDES O volume de crédito imobiliário contratado pela Caixa Econômica Federal (CEF) em Minas Gerais somou R$ 780,756 milhões, no período que vai de janeiro a 30 de maio deste ano, segundo o gerente Regional de Negócios da CEF, Marivaldo Araújo Ribeiro. O banco não disponibilizou dados referentes ao mesmo período do exercício passado para comparação, mas no período a Caixa desembolsou cerca de 26% do total previsto para Minas neste ano, de R$ 3 bilhões. De acordo com Ribeiro, no país os desembolsos chegaram a R$ 6,462 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, alta de 15% em relação ao mesmo intervalo do exercício anterior, quando o montante foi de R$ 5,619 bilhões. Tanto no Estado quando no âmbito nacional, o destaque foram os desembolsos de crédito a partir de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que a cada mês se aproxima mais dos valores disponibilizados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Esse tipo de movimento configura a entrada mais expressiva da classe média nos contratos de financiamentos habitacionais, em imóveis a partir de R$ 130 mil”, disse Ribeiro. FGTS – Em recursos do FGTS, a Caixa contratou R$ 478,881 milhões até 30 de maio no Estado, enquanto os recursos do SBPE atingiram R$ 296,195 milhões, sendo que no país foram R$ 3,682 bilhões pelo FGTS e R$ 2,553 bilhões pelo SBPE no período. “Do total de R$ 1 bilhão que o Conselho Curador do FGTS havia concedido ao país, cerca de R$ 700 milhões ficaram com a Caixa e já estão esgotados”, explicou Ribeiro. Para ele, os valores disponibilizados pelo SBPE atendem bem a demanda mesmo com os outros recursos esgotados, mas já houve uma movimentação para tentar conseguir mais dinheiro para financiamentos habitacionais a partir do FGTS. Em financiamentos de imóveis a partir do SBPE cujo valor não ultrapasse R$ 130 mil, o juro anual é de 8,4%, sendo que os pró-cotistas do FGTS pagariam 8,6%, segundo Ribeiro. Especialistas do setor imobiliário afirmam que a tendência do mercado é de expansão nos financiamentos para a casa própria, com crescimento no ritmo de 20% ao ano até 2010. O volume financeiro previsto pela Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para este ano no país é de R$ 21 bilhões, que saltariam para R$ 25 bilhões em 2009 e para R$ 30 bilhões em 2010. A expansão de crédito imobiliário no país tem ganhado cada vez mais dinamismo com base na queda das taxas de juros do setor, no grande número de instituições financeiras competindo no mercado de financiamentos para a casa própria e no aumento da renda do trabalhador. Em 2007, o valor previsto inicialmente pela Caixa era de R$ 1,8 bilhão no financiamento de moradias em Minas, resultado que foi superado. O valor foi o segundo do país, perdendo somente para o megamercado de São Paulo, onde o volume de crédito imobiliário nos primeiros três meses deste ano foi 70% maior do que igual período do exercício passado.