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CEF: habitação em MG terá mais R$ 420 milhões

Empréstimos para pessoas com renda familiar mínima de R$ 2,7 mil. A Caixa Econômica Federal (CEF) ainda possui R$ 4 bilhões para financiamento de imóveis para a classe média neste ano. Somente para Minas Gerais existem recursos disponíveis da ordem de R$ 420 milhões. Os empréstimos são voltados para quem tem renda familiar mínima de R$ 2,7 mil. Este ano, o banco já emprestou R$ 5,9 bilhões nessa modalidade em todo o país. A instituição financeira está promovendo neste ano a maior contratação habitacional com recursos da poupança da década. A expectativa é financiar pelo menos 180 mil imóveis em 2008, contra 81 mil em 2007, crescimento de 122%. O resultado só é possível devido à captação recorde da poupança registrada neste ano. Apenas em agosto, os depósitos alcançaram R$ 1,2 bilhão. Hoje, a Caixa é responsável por 51% de todos os financiamentos imobiliários contratados com recursos da poupança no país. Apenas em Minas, o banco desembolsou R$ 1,288 bilhão em empréstimos habitacionais entre janeiro e julho deste ano. O volume representa crescimento de 43% sobre os R$ 900 milhões do mesmo intervalo do exercício passado. O resultado foi puxado pela classe média, que ampliou em cerca de 80% a busca por crédito para a casa própria. A elevação dos desembolsos a partir do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) é considerada um termômetro do mercado para a procura da clase média pelos financiamentos habitacionais. Nos primeiros sete meses de 2008 os recursos da poupança emprestados para a compra de imóveis no Estado foram de cerca de R$ 535 milhões, contra R$ 300 milhões no exercício passado, expansão de 78,3%. Já o volume demandado por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) atingiu R$ 747 milhões no acumulado até julho de 2008. O valor representa um incremento de 43,6% frente aos R$ 520 milhões registrados em igual intervalo de 2007. Pró-Quotista – Outro destaque no acumulado do ano foi a liberação de recursos a partir do programa Pró-Quotista, que não foi criado para ser um plano habitacional permanente. Do total de R$ 1 bilhão que o Conselho Curador do FGTS havia concedido ao país, cerca de R$ 780 milhões ficaram com a caixa e já haviam se esgotado até meados do ano. O governo tem tomado medidas para manter aquecido o mercado imobiliário nacional. Recentemente, o Ministério das Cidades divulgou a ampliação do limite da faixa de renda familiar para a compra de unidades usadas com recursos do fundo, que passou de R$ 3,9 mil para R$ 4,9 mil. Conforme estimativa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), 95% das moradias negociadas no Estado são usadas e ganharão mais velocidade nas vendas com as alterações. A venda de imóveis movimentou R$ 2,255 bilhões no primeiro semestre deste ano apenas em Belo Horizonte. A cifra representa crescimento de 12,75% frente ao mesmo intervalo de 2007, quando foram contabilizados R$ 2 bilhões. O levantamento é feito pelo Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG) em parceria com o Ipead. MÁRIO CORRÊA Seguros: alta de 18% no ano O setor de seguros no Estado registrou incremento nos negócios de 18% no acumulado de janeiro a agosto de 2008 frente ao mesmo período do ano passado. As estimativas são do presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de Minas Gerais (Sincor-MG) e da Federação Nacional do Corretores de Seguros (Fenacor), Roberto Silva Barbosa. De acordo com Barbosa, as vendas recordes da indústria automotiva continuam a impulsionar os negócios das seguradoras em Minas. Além disso, os seguros de vida também estão contribuindo para os resultados positivos neste ano. De acordo com os dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado de Minas Gerais (Sincodiv-MG), nos primeiros oito meses do ano os emplacamentos aumentaram 23,27% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto foram comercializados 353,373 mil unidades em Minas Gerais ante 286,654 mil veículos no mesmo intervalo em 2007. As expectativas do mercado de seguros sobre a Lei Seca deverão ser confirmadas, segundo o presidente do Sincor-MG. Especialistas afirmam que com a lei, em vigor desde junho, os preços de seguros automotivos deverão ser reduzidos. Conforme Barbosa, ainda não foi verificada nenhuma retração nos preços. “A seguradoras estão aguardando a consolidação na redução de sinistros para reduzirem os valores”, disse. Apesar da expansão na construção civil, os seguros imobiliários ainda não apresentam crescimento significativo no Estado, de acordo com Barbosa. “Há um crescimento, mas ainda é incipiente”, afirmou. As estimativas do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) apontam que o setor deverá crescer algo em torno de 6% este ano em relação ao exercício passado. Selic – Para este ano, a expansão do setor de seguros em Minas deverá ficar entre 15% e 18% na comparação com 2007. Segundo o presidente do Sincor-MG, uma das preocupações do setor é a elevação na taxa básica de juros (Selic). “A dúvida é se a alta dos juros poderá estagnar a economia brasileira, o que afetará diretamente o mercado de seguros”, disse. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) já elevou a Selic quatro vezes neste ano. A taxa está em 13,75% ao ano. A medida visa conter o avanço das inflação. Minas Gerais é o terceiro mercado do país, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo informações da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privadas e de Capitalização (Fenaseg), o Brasil figurava entre os 20 maiores mercados de seguros do mundo. Ainda conforme a entidade, o segmento vem ganhando cada vez mais espaço. Entre 1995 e 2005, a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro passou de 2,53% para 3,39%. RAFAEL TOMAZ Captação não inibe aportes Rio – Em um ano de crise do subprime, as empresas brasileiras já estão sentindo no bolso os custos das turbulências no sistema financeiro. Cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostram que até as grandes empresas pagam hoje 15% mais caro para captar recursos no setor bancário. Mas, ao contrário do que tradicionalmente acontece em épocas de crise, as companhias não engavetaram seus investimentos em expansão. Pelo contrário, setores como o de siderurgia e de mineração já anunciaram cifras recordes, que variam entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. Isso sem falar na Petrobras, que sozinha deve investir, no mínimo, US$ 112 bilhões até 2012. “Parece que houve um descolamento entre o mercado e a economia real”, brincou o diretor de Renda Variável do Bradesco Asset Management, Roberto Sadao Shinkai. O fato de as empresas hoje estarem mais capitalizadas, lembrou, contribui para o cenário de maior crescimento. Até o final de 2007, quando a crise começou a tomar corpo, o mercado para captações no exterior era muito favorável às empresas brasileiras, especialmente pela perspectiva do Brasil conquistar o tão esperado selo de economia “investiment grade”, o que veio a se confirmar em abril deste ano. A janela para lançamento de bonds (títulos) no exterior permitiu que as companhias reforçassem seus caixas, com taxas de juros mais baixas e prazos maiores. IPO – O mercado de capitais foi outra alternativa. O boom das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também contribuiu para engordar o cofre de muitas empresas no país. Nos últimos anos, o volume financiado por ofertas no pregão paulista chegou a superar os desembolsos do BNDES, principal banco de fomento do crescimento econômico. Com o fim da festa dos IPOs e a maior dificuldade em captar no exterior as empresas por conta da crise da subprime o cenário mudou. Mas, não os planos de investimentos, que continuaram em patamares recordes. Para driblar as dificuldades, as companhias têm batido com mais intensidade na porta do BNDES e também recorrido mais aos empréstimos bancários, apesar dessa ser uma modalidade de financiamento mais cara. (AE)